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Só de pensar no barulho do motorzinho do dentista, você já se arrepia todo? Anestesia é motivo de pânico? Parece que a dor e a angústia surgem ainda na sala de espera? Calma. A odontologia tem se empenhado em desenvolver equipamentos e procedimentos menos invasivos e sem dor para aliviar o sofrimento dos pacientes.
O tratamento endodôntico, conhecido popularmente como canal, é uma das áreas que mais têm avançado na odontologia nos últimos anos. Hoje, trabalha-se com microscópio, radiografia digital, laser (PDT), ativação ultrassônica de irrigação, entre outros novidades modernas que proporcionam um alto índice de sucesso. Rodrigo Mariani, especialista em endodontia, afirma que o microscópio operatório é considerado um divisor de águas no tratamento de canal. “Com ele, conseguimos uma melhor visualização do espaço interno do dente.”
Tudo isso é possível graças a um conjunto de lentes com aumento de até 40 vezes e iluminação de led. “Durante o tratamento de canal, é comum depararmos com variações anatômicas, calcificações, remoções de pinos ou instrumentos fraturados, entre outras intercorrências. O uso do microscópio nos possibilita identificar essas variações e fazer o tratamento com assertividade, uma vez que seu sucesso está diretamente relacionado a uma excelente limpeza desse espaço”, afirma Mariani.
O uso do microscópio, segundo o especialista em endodontia, possibilita o acesso minimamente invasivo, preservando assim a estrutura do dente. “E quanto maior o remanescente dental após o tratamento de canal, maior a resistência do dente”, justifica.
Cirurgias guiadas
Hugo Rosin, diretor executivo da DVI Radiologia Odontológica, afirma que as cirurgias virtualmente guiadas também são opções para quem teme os tratamentos odontológicos, já que amenizam o desconforto. Indicadas somente para os procedimentos de implantes orais, elas são realizadas a partir de uma guia cirúrgica, feita por meio de um planejamento virtual.
A guia é iniciada com um exame de tomografia computadorizada, na qual é simulada a instalação dos implantes dentários em regiões favoráveis à osseointegração, união estável entre o osso e a superfície de titânio. Entre as vantagens oferecidas pelas cirurgias virtualmente guiadas estão a redução do tempo cirúrgico, maior previsibilidade do resultado e diminuição da dor pós-operatória. “O tempo médio de uma cirurgia de implante dentário é de 40 minutos. Já as cirurgias guiadas costumam ser muito mais velozes que as convencionais, até 80% mais rápidas”, afirma.
Odontofóbicos
Segundo a Sociedade Americana de Odontologia, três em cada 10 adultos têm medo de ir ao dentista – no Brasil não existe esse levamento. Se o medo for além do normal, é indicado procurar um psicólogo. “O temor em visitar o dentista pode causar ainda mais problemas bucais. Temos os chamados odontofóbicos, homens e mulheres que desenvolveram medo exagerado de ir ao dentista”, diz Luciana Moraes, psicóloga em São Paulo.
Em poucas sessões o odontofóbico aprende a controlar o medo. “Já tive muitos casos e todos tiveram resultados surpreendentes, criando uma relação positiva entre dentista e paciente.” Em outras situações, o paciente pode fazer sessões de acupuntura, massagem e hipnose.
Reabilitação sem dor
Rafael Mariani, que trabalha com a reabilitação oral e é especialista em implantodontia, utiliza técnicas de confecção de lentes de contato para a reabilitação oral sem dor. A lente é uma espécie de película, altamente resistente, que foi projetada para cobrir imperfeições dentárias, proporcionando um sorriso perfeito. “A maior parte dos tratamentos odontológicos, quando bem conduzidos, não causa dor e é bem aceita pelos clientes”, afirma.
Dá pra aposentar o motorzinho?
A anestesia ainda não pode ser abandonada por completo, muito menos o barulho do motorzinho. No entanto, pesquisas sugerem que um dia ele será aposentado. “O motorzinho ainda é o campeão de reclamações, mas hoje já temos motores elétricos para serem utilizados em determinados procedimentos. É um equipamento bem silencioso, mas não substitui o motorzinho totalmente. A odontologia evolui muito, e acredito num futuro com equipamentos e técnicas ainda mais eficientes, com conforto maior para os clientes”, explica Rafael Mariani.
Sedação consciente
Pouco usado no Brasil, mas bastante difundido nos Estados Unidos, o óxido nitroso associado ao oxigênio é uma forma de sedação consciente que proporciona relaxamento, analgesia e controle do medo de ir ao dentista. O gás é responsável pela liberação de endorfina, um hormônio semelhante à morfina e que tem efeito analgésico
Fonte: Eliane Pastre, dentista
Ultrassom
O aparelho de ultrassom também ganhou seu espaço no tratamento de canal. Associado ao microscópio, é utilizado em várias etapas do tratamento, diminuindo assim o uso do motor, tão temido pelos pacientes
“O sucesso de um tratamento de canal sem dor está ligado a vários fatores. O profissional deve estar bem preparado, passando confiança ao paciente, ter em mãos o máximo de recursos tecnológicos que facilitem o tratamento, e entender que a dor se manifesta de forma diferente em cada paciente, tendo a obrigação de respeitar a individualidade de cada caso”, diz o endodontista Rodrigo Mariani
Fonte: Diario da Região